Por vezes numa prova urbana deparamos com muitas ruas perpendiculares, locais lineares, sem, digamos, armadilhas,… que podem tornando a competição pouco desafiante, até mesmo enfadonha.
Mas se procurarmos bem, acabamos por encontrar locais indescritíveis, que nos deixam simplesmente boquiabertos! É o caso da vila italiana de Cervara. Esta pequena grande maravilha encontra-se numa arrepiante e inclinada encosta, não muito longe da capital daquele país.
Em termos orientados, deixem-me dizer-vos que é quase impossível encontrar uma rota perfeita para chegar ao local pretendido. São tantas as escadas, passagens e ruelas estreitinhas, com e sem fim, que qualquer um se perde com uma facilidade impressionante. Por vezes escolhemos um trajecto e, mais a frente, reparamos que “por ali não dá…”
As infinitas armadilhas de Cervara já foram testadas em várias competições de elevada importância, dais quais se destacam as final da World Cup (Taça do Mundo), de 2005. Aí os dois gigantes da orientação, o suíço Daniel Hubmann e, claro, o francês Thieery Gueorgiou, tiveram desempenhos opostos… O primeiro fez o impossível e ganhou com uma boa vantagem; o francês, bem… o francês sentido as dificuldades do terreno.
Saudações, orientistas
(Para a próxima semana fica prometida mais uma visita, ao Pinhal de Leiria)